A megalomania de Panta beira o absurdo: R$ 3,5 milhões com monitoramento eletrônico sem licitação; postos de saúde são fechados, salário de professor reduzido e servidor na rua protestando; é a Santa Rita do “doutor"
Está no Dário Oficial n.º 640/2017, de 18 de maio de 2017 a
contratação da empresa ATIVA SYSTEM BRASIL SERVIÇOS DE MONITORAMENTO LTDA,
através de adesão de ata do Governo do Estado do Amapá, para monitoramento das
redes de Saúde e Educação de Santa Rita, de acordo com o enunciado do processo:
“CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
DE MONITORAMENTO NAS UNIDADES SOLICITADAS, INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DE DISPOSITIVOS DE VIGILÂNCIA ELETRÔNICA E
PATRULHAMENTO COM A IMPLANTAÇÃO DE CENTRO DE MONITORAMENTO ASSIM COMO A DISPONIBILIZAÇÃO
DE TODOS OS EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS AO OBJETO, TAIS COMO SENSORES, ALARMES,
CÂMERAS E DEMAIS EQUIPAMENTOS ESPECIFICADOS NESTE INSTRUMENTO E A SEREM EXECUTADOS
NAS DEPENDÊNCIAS DAS UNIDADES DAS SECRETARIAS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE SANTA RITA NA FORMA DE COMODATO”.
Os valores vultosos são assustadores.
Para a Saúde, caberá, mensalmente, R$ 140.530,00, com
duração de 12 meses, o que acarretará um gasto final de R$ 1.686.360,00.
Já para a Educação, a despesa correrá na casa dos R$
158.470,00 que, após 12 meses, chegará aos absurdos R$ 1.901.640,00.
Panta vai gastar, só com monitoramento eletrônico R$
3.588.000,00.
Em pleno estado de Calamidade Pública, que durará até 30 de
junho.
Serão mais de R$ 3,5 milhões com um gasto fútil e secundário
(igual a ele) diante de uma situação caótica, da qual ele já é partícipe.
São quase seis meses de um governo estagnado, que caça e
usurpa direitos.
Panta tem a ousadia de fazer um gasto de mais de três milhões
de meio de reais com monitoramento eletrônico das secretarias de Saúde e
Educação, quando o mesmo gasto poderia ser feito com a reforma de postos de
saúde, escolas e creches.
São promessas vazias de quitação de salários atrasados que
não se cumprem desde o final de abril.
Salários de professores sofrerão redução já no final de
maio.
Ontem (18), servidores estiveram nas ruas protestando contra
os retrocessos que Panta tem causado às diversas categorias do serviço público
municipal.
Essa despesa de mais de R$ 3,5 milhões com monitoramento
eletrônico nada mais é do que um tapa na cara da sociedade santarritense,
ressabiada com as ideias faraônicas de Reginaldo Pereira, decepcionadas por se
depararem com nada menos que sua legítima representação, travestida de médico
amigo do povo, com voz serena e embargada, que enganou a quase toda população
com um discurso humanista, cuidador de pessoas.
No afã de se mostrar moderno e progressista, Panta banaliza
necessidades imediatas da população, como o pronto abastecimento da Farmácia
Básica, a desinterdição das unidades de saúde (três só no seu governo) e a
reestruturação da rede municipal de saúde, a recuperação de escolas e creches,
merenda, que já falta aos alunos ainda em maio, a valorização e o reconhecimento
da importância do servidor como agente ativo e protagonista na jornada de
reconstrução da cidade, papel para o qual Panta foi eleito e posto no cargo que
ocupa.
Seguramente, não é o momento ideal para deixar vir à tona o
ego megalomaníaco inerente à natureza do alcaide.
Pior! Ninguém dentro da gestão com culhão pra dizer “prefeito,
pare! Repense tudo, reveja tudo. O caminho traçado na campanha não era este. Vamos
ver juntos onde pegamos a trilha errada, vamos voltar e seguir por onde planejamos.
Não foi assim que combinamos”.
Mas se querem saber por que não o dizem, saibam que o que
mais tem dentro de uma gestão pública são aqueles que se alimentam do caos, e
demora, tarda para se perceber, identificar e extirpar um mal assim a tempo de
reerguer o governo.
Claramente a gestão de Panta perdeu o rumo. Perdeu quando
decidiu perseguir o servidor, lhe tirar o que é seu de direito e desenfrear a
fazer despesas desnecessárias diante de um quadro de emergência como é o de
Santa Rita e que ele sempre foi ciente da sua realidade.
Santa Rita, com certeza, tem outras prioridades, e câmeras
de segurança não estão entre as suas necessidades mais urgentes.
Salários, merenda, escolas, creches e postos de saúde. Temos
certeza que as câmeras podem esperar.
Junho bate à porta. Já são quase seis meses.
As desculpas se esgotam. As justificativas findam.
Mas Panta quer mostrar Santa Rita como um embrulho de
presente muito bonito.
Só que vazio. Igual a ele.
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