Opinião: Intransigência de Panta provoca o caos em Santa Rita
A manhã desta quinta-feira (1º) começou movimentada em Santa
Rita, sob os efeitos do comportamento soberbo e intransigente do prefeito
Emerson Panta (PSDB), responsável direto pelo movimento paredista, desencadeado
pelos servidores na manhã desta quarta-feira (31).
Após diversas tentativas vãs de dialogar com o prefeito no
sentido de sanar os problemas que tangem o funcionalismo, a direção sindical,
representante das diversas categorias do serviço público municipal, reuniu o
servidores em assembleia, no que referendou a aprovação da greve geral,
deflagrada por todas as categorias do quadro do município.
Efeito direto da decisão, a ausência dos serviços teve reflexos
diretos nesta manhã.
Exercendo seu pleno direito à greve, garantido pela
Constituição Federal, os servidores obedeceram ao resultado da assembleia,
soberana quanto às decisões de classe, e já não ocupam seus postos, mantendo os
30% do efetivo, exigidos pela mesmo lei que lhe garante o direito de parar suas
atividades.
Do lado da gestão, Panta arregimenta sua tropa, escassa de
argumentos, forçando temas já exauridos pela própria indiferença
administrativa, marca do atual governo santarritense, optando pelo ataque aos
servidores, acusando o movimento de ilegal.
Panta segue errando, e de propósito, quando se comporta como
um menino rico e mimado, que não quer ser contrariado, bancando uma queda de
braço com os funcionários, desnecessariamente, quando toda situação poderia ter
sido evitada, caso o prefeito tivesse, tão simplesmente, parado seu andor,
descido do pedestal e ouvido o que os representantes sindicais tinham para
dizer.
Foi misturando gestão com política partidária, com um
comportamento acusador e leviano, perseguidor e tirano, usurpador de direitos,
que Panta pôs a perder a grande oportunidade que teve de dar início a um grande
projeto, prometido na campanha de 2016, mas que foi esquecido assim que assumiu
a cadeira do Poder Executivo canavieiro, quando revestiu-se de uma fantasia de absoluto
e inalcançável, esquecendo o mais importante em todo o processo: a esperança
que lhe foi depositada.
Talvez por nunca ter se misturado com a plebe, nunca ter
precisado de ninguém, nunca ter que ter recorrido a serviços públicos, nunca ter
dividido uma enfermaria com pobres mortais, nunca ter se alimentado com o
famosos macarrão com sardinha servido no Enéas Carvalho, na década de 90, por
nunca ter precisado transporte público para estudar nas caras escolas por onde
passou, até seu curso de Medicina na Argentina, Vossa Alteza não entenda o que são
prioridades, necessidades básicas, urgentes, na vida do cidadão comum.
Panta peca por prática, e põe uma cidade como Santa Rita,
tão necessitada de tudo, à beira do abismo com menos de seis meses de governo,
porque tem certeza e fixou isso na cabeça, que a prefeitura é um curral lotado
de um gado oprimido, que vai aceitar as migalhas caídas da mesa grande, onde se
farta na bela e rica Granja Pantanal, quanto a plebe rude da rainha canavieira
sofrida acha bonito ser marcada com o ferro quente do “sinhozinho”, que foi
criado pra mandar e ser obedecido.
E ai de quem pense em contrariar.
O grande problema é que Panta nunca entendeu das fissuras existentes na sua armadura, trincada e quase no chão, e que super poder nunca foi o forte dele.
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