A um ano de deixar a prefeitura, Panta dá ‘golpe’ fatal na Educação de Santa Rita
A um ano de deixar o poder, Emerson Panta dá o golpe final na Educação de Santa Rita, e patrocina um dos maiores desmontes já praticados por uma gestão contra a classe do Magistério, mesmo coberta por todas as garantias de lei e recursos próprios e uma política federal de incentivo, fomento e valorização dos profissionais responsáveis pela formação e cidadania em todo o país. O Projeto de Lei 186/2023, de autoria do prefeito e aprovado pela Camara Municipal, é uma vergonha. Um projeto de reajuste que não reajusta.
No final das contas, ao quebrar a espinha dorsal do Magistério, Panta joga na lata do lixo quase 24 anos de um trabalho histórico de lutas e conquistas, liderado pelo SINFESA, que levou dignidade e condições de trabalho ao servidor público municipal em Santa Rita.
E foi essa subida de patamar profissional, elevando consigo o padrão de vida desses servidores que Panta não tolerou quando chegou à prefeitura em 2017.
Implacável e com um poder incomum no meio jurídico, Emerson não admite qualquer que seja a opinião contrária ao que pensa e ao que impõe. Qualquer questionamento ou poder argumentativo por parte do interlocutor é suficiente para capitalizá-lo como grande inimigo, e aqui estamos falando da categoria que forma cidadãos e cidadãs e que ensina as pessoas a pensar. Isso é demais para quem se considera o próprio eixo da Terra.
Assim construiu sua carreira política, que coincide com o governo personalista e autocrata, que castiga sem pena o funcionalismo municipal de Santa Rita, que se vê sem perspectivas, com seu plano de carreira esfacelado, como é o caso da Educação, completamente desestruturado pelo edil, o que sufoca e revolta uma das categorias mais atuantes da cidade, que escreveu sua história através de muita luta e que fez de Santa Rita referência em valorização profissional do seu educador, elementos que outrora fizeram refletir em números a qualidade do ensino em uma rede de escolas e creches que já foi uma das mais eficientes em todo o estado.
O que Panta faz aos professores de Santa Rita é desumano. Além de negar os reajustes concedidos pelo MEC anos a fio, o gestor se utiliza dos direitos conquistados pelos profissionais, fazendo com que as progressões do que restou do seu plano de carreira sejam parte da base de cálculo para o engodo que chama de “piso” e que não tem o mínimo pudor ao dizer que paga ao Magistério. Além disso, por se tratar de uma categoria que jamais se dobraria ao seu chicote, viu que a única forma de dominá-la seria pela opressão.
O sindicato promete não desistir e começa a se articular em torno de uma pauta político-administrativa para correr atrás do prejuízo causado pelo projeto de Panta ao Magistério. José garante que a história ganhará novos contornos e novos capítulos serão escritos.
Enquanto isso, Santa Rita espera que um nome surja no próximo ano com viabilidade, projeto e capacidade de diálogo para que seja feita a sua real construção, após um dos ciclos políticos mais danosos à cidade e ao seu povo.
Crédito imagem: Reprodução/Facebook
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