É erro crasso subestimar o poder de disputa de Ricardo e a sua influência dentro do PT para decidir se vai e onde será candidato em 2024; Santa Rita precisa entender o jogo para poder jogá-lo

 

O ex-governador Ricardo Coutinho (PT) não está morto, politicamente, e todos sabemos disso. Apesar dos reveses recentes, alem do estrago causado pela ‘Calvário’, o Mago tem se mantido sob os holofotes - mesmo calado como anda e trabalhando muito nos bastidores, morando em Brasilia, principalmente.

Mesmo sem ter sido contemplado na estrutura federal, a afinidade com Lula e com a cúpula do PT e a força que detém dentro do partido na Paraíba, fazem com que o ex-governador dirija e determine os caminhos que a sigla deve tomar em terras Tabajaras.

O recente anúncio da sua indicação para a disputa pela Prefeitura de Santa Ruta é um claro exemplo de como as cosias são conduzidas e que deu tão certo, que, como carta na manga, rapidamente a orientação foi a que o anúncio é prematuro, freando o ímpeto da militância e dos adversários livrando por ora o candidato já pronto para a disputa de ser alvo já nesta etapa do jogo, afinal, o prego que se destaca leva martelada.

Com raro poder de persuasão, repertório e história para contar na cidade, Ricardo foi o candidato ao Senado mais votado do município em 2022, enquanto governador realizou uma série de obras e serviços como o asfaltamento da  PB-011, que liga Forte Velho à BR-101, a barragem de nível, a Escola Heliton Santana, primeira escola de tempo integral da cidade, dente outras realizações. É preciso que se abandone as paixões e se compreenda o que está em jogo, e não é pouco. Torcer o nariz para a chegada de Ricardo à Rainha dos Canaviais com perspectivas reais de disputa é burrice e falta de leitura do jogo, que ficou mais difícil com a desinteligência da grande maioria da classe política santarritense.

Se engana quem pensa que Ricardo Coutinho está sob orientação, há tempos quem da as cartas na mesa do jogo petista na Paraíba é ele. Todo o movimento desencadeado ontem foi monitorado todo o dia direto do Planalto Central , a estratégia cumpriu com o objetivo. Agora, o recuo estratégico, retirar o alvo das costas, se retirar da cena e aguardar o momento oportuno para o próximo movimento no tabuleiro do xadrez.

Crédito imagem: Arquivo Secom-PB