Quem decide o destino de Santa Rita? Panta ou o povo?
Um ciclo político de oito anos está se fechado em Santa Rita.
São oito anos de uma epopeia que teve seu início no caos provocado pela alternância entre os ex-prefeitos Reginaldo Pereira e Netinho de Várzea Nova, que acabaram por parir aquele que nascera fruto da tragédia. Todos tivemos a impressão de que estávamos entregando a cidade a um amigo, alguém que estava chegando com o olhar humano, o braço amigo e coração compreensivo de até a cidade e o seu povo precisavam de cuidados, mas a realidade bateu rapidamente à porta.
‘Panta’ por natureza, logo compreendemos que há sentimentos que não se pode esperar de Emerson, e um plano, não de governo, mas de domínio e de poder logo iniciou-se.
A complacência de uma classe política barata e entregue, em sua esmagadora maioria, e uma população que vive a Síndrome de Estocolmo, formaram o ambiente perfeito para uma gestão que marcou seu tempo pela pessoalidade, pela perseguição, pelos escândalos e pela obras intermináveis, a exemplo do Pronto Atendimento Infantil, moeda eleitoral há anos e que nunca foi terminado, além da eterna ferida aberta chamada ANE.
O tempo passou, a chave gira com a rapidez do vento e, fora a fumaça e o engodo vistos na atual política santarritense, surge um novo fenômeno politico que deve surpreender, algo que este signatário pode, tranquilamente, comparar (guardadas as extremidades da escala) ao que seria a chegada de Ricardo Coutinho a Rainha dos Canaviais.
Poucos fizeram ou quase ninguém fez essa leitura, mas Nilvan Ferreira tem em mãos números que o credenciam para a disputa em Santa Rita com larga margem de vantagem.
Assim como Ricardo com seus quase 18 mil votos para o Senado, Nilvan foi o candidato a governador mais votado na cidade no 1º turno em 2022 com 22.090 votos. Votos dados à figura pessoal de Nilvan em uma cidade eminentemente simpática à esquerda, fruto do seu trabalho no rádio e na TV e da facilidade com que dialoga com as camadas menos favorecidas.
Com um ajuste no discurso, sem nacionalizar ou estadualizar o debate, criando novas perspectivas ante uma cidade que tem potencial econômico, terceiro maior colégio eleitoral do estado, e que pode ir muito além do que lhe oferecem, Nilvan Ferreira chega com a capacidade de zerar o jogo em Santa Rita, a força de um rolo compressor para fazer gravitar todos os polos em seu entorno e a musculatura de um nome consolidado, pronto para a disputa.
Se Nilvan se decidir pela disputa, Panta não dará conta de segurar esse trem desgovernado passando diante de si atropelando tudo sem poder segura-lo à rédea curta, como está acostumado a fazer em Santa Rita.
Crédito imagens: Reprodução
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